En nombre de la madre: maternidad y antiesclavismo en la narrativa de Maria Firmina dos Reis

In the Name of the Mother: Motherhood and Anti-Slavery in the Narrative of Maria Firmina dos Reis

Contenido principal del artículo

M. Alejandra Aguilar Dornelles

Resumen

Este artículo examina la obra narrativa de Maria Firmina dos Reis, escritora afrobrasileña que intervino en la negociación de significados de la maternidad a través de personajes que representaban a madres africanas y afrodescendientes. Analizo la novela Úrsula (1859) y el cuento “A Escrava” (1887) prestando especial atención a la representación de la mujer esclavizada como figura de coraje y resistencia. Particularmente me detengo en el análisis de las figuras de las esclavizadas mãe Susana y mãe Joana para sugerir que en ellas se revela la posición disidente y reivindicativa de la autora que a través de cuidadosas estrategias retóricas cuestionó los modelos hegemónicos de maternidad. Sugiero que, en la obra de Reis la maternidad resignificada por el legado africano, adquiere nuevos significados asociados a la capacidad de la madre esclavizada de establecer estrategias para oponer resistencia y narrar su historia en sus propios términos.

Palabras clave:

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Biografía del autor/a (VER)

M. Alejandra Aguilar Dornelles, Florida Atlantic University

Profesora asociada de español y estudios latinoamericanos.

Referencias (VER)

Adler, Dilercy Aragão. “A mulher Maria Firmina dos Reis: uma maranhense”. Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Constância Lima Duarte et al., eds. Rio de Janeiro: Malê, 2018. 81-101.

Aguilar Dornelles, Alejandra. “Paradojas del antiesclavismo ilustrado: Cancros socias (1866) y la intervención de la mujer en el debate abolicionista brasileño”. Revista Iberoamericana 89/284 (2011): 825-53.

Alberto, Paulina L. Terms of Inclusion: Black Intellectuals in Twentieth-Century Brazil. University of North Carolina Press, 2011.

Alonso, Angela. “Associativismo avant la lettre: as sociedades pela abolição da escravidão no Brasil oitocentista”. Sociologias13/ 28(2011): 166-199.

___. Flores, votos e balas: o movimento abolicionista brasileiro (1868-88). São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2015.

Araujo, Ana Lucia. “Gender, Sex, and Power: Images of Enslaved Women’s Bodies”. Sex, Power and Slavery. Gwyn Campbell y Elizabeth Elbourne, eds. Ohio: Ohio University Press, 2014. 469-499.

Araújo, Thiago Leitão de. “A persistência da escravidão: população, economia e o tráfico interprovincial (Província de São Pedro, segunda metade do século XIX).” Escravidão e Liberdade: temas, problemas e perspectivas de análise. Regina Célia Lima Xavier, eds. São Paulo: Alameda, 2012. 229-253.

Ariza, Marília B. A. “O longo caminho: usos da Lei do Ventre Livre por mães libertas (São Paulo, década de 1880)”. Escravidão e maternidade no mundo atlântico: corpo, saúde, trabalho, família e liberdade nos séculos XVIII e XIX. Karoline Carula y Marília B. A. Ariza, eds. Niterói: Eduff, 2022. 322-52.

___. “Ventre, seios, coração: maternidade e infância em disputas simbólicas em torno da Lei do Ventre Livre (1870-1880)”. Ventres livres?: gênero, maternidade e legislação. Maria Helena PT Machado, Luciana da Cruz Brito, Iamara da Silva Viana y Flávio dos Santos Gomes, eds. Editora Unesp: Editora Unesp, 2021. 19-40.

Bastide, Roger. Estudos Afro-brasileiros. São Paulo: Editora Perspectiva, 1973.

Bethell, Leslie. “The Decline and Fall of Slavery in Nineteenth Century Brazil”. Transactions of the Royal Historical Society 1 (1991): 71-88.

Brookshaw, David. Raça e cor na literatura brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.

Campello, André Emmanuel. A escravidão no império do Brasil: perspectivas jurídicas. Durham, NC: Lulu, 2015.

Carneiro, Maria Elizabeth Ribeiro. “Uma cartografia das amas-de-leite na sociedade carioca oitocentista”. Textos de Historia 15/1-2 (2007): 121-142.

Carula, Karoline. “Maternidade escrava e amas de leite na imprensa do Rio de Janeiro”. Escravidão e maternidade no mundo atlântico: corpo, saúde, trabalho, família e liberdade nos séculos XVIII e XIX. Karoline Carula y Marília B. A. Ariza, eds. Niterói: Eduff, 2022. 138-65.

___. “Perigosas amas de leite: aleitamento materno, ciência e escravidão em A Mãi de Família”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos 19 (2012): 197-214.

Carula, Karoline y Marília Ariza. Escravidão e maternidade no mundo atlântico: corpo, saúde, trabalho, família e liberdade nos séculos XVIII e XIX. Niterói: EDUFF, 2022.

Carvalho, Jean Bruno. “Tragédia e redenção da personagem da mãe-escrava: uma análise comparativa de Mãe, de José de Alencar, e Cancros Sociais, de Maria Angélica Ribeiro”. Opiniães 17 (2020): 575-596.

Castilho, Celso T. Slave Emancipation and Transformations in Brazilian Political Citizenship. Pittsburgh, PA: University of Pittsburgh Press, 2016.

___. “The Press and Brazilian Narratives of Uncle Tom's Cabin: Slavery and the Public Sphere in Rio de Janeiro, CA. 1855”. The Americas 76/1 (2019): 77-106.

Chalhoub, Sidney. “Slaves, Freedmen and the Politics of Freedom in Brazil: The Experience of Blacks in the City of Rio”. Slavery and Abolition 10/3 (1989): 64-84.

___. “The Precariousness of Freedom in a Slave Society (Brazil in the Nineteenth Century)”. International Review of Social History 56/3 (2011): 405-439.

___.Visões da liberdade. Uma historia das últimas décadas da escra¬vidão na corte. Companhia das Letras, 1990.

Cleveland, Kimberly. Black Women Slaves who Nourished a Nation: Artistic Renderings of Wet Nurses in Brazil. Cambria Press, 2019.

Cowling, Camillia. Conceiving Freedom: Women of Color, Gender, and the Abolition of Slavery in Havana and Rio de Janeiro. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2013.

Cowling, Camillia, Maria Helena Pereira Toledo Machado, Diana Paton, y Emily West. “Mothering Slaves: Comparative Perspectives on Motherhood, Childlessness, and the Care of Children in Atlantic Slave societies”. Slavery & Abolition 38/ 2 (2017): 223-231.

___. “Mothering Slaves: Motherhood, Childlessness and the Care of Children in Atlantic Slave Societies”. Women's History Review 27/6 (2018): 867-874.

Curiel, Ochy. “Los aportes de las afrodescendientes a la teoría y la práctica feminista: desuniversalizando el sujeto ‘Mujeres’”. Perfiles del Feminismo Iberoamericano. María Luisa Femenías, ed. Buenos Aires: Catálogos, 2007. 163-190.

Curtius, Ernest R. European Literature and the Latin Middle Ages. ‎New York: Harper & Row, 1963.

Diniz, Edinha. Chiquinha Gonzaga uma história de vida. Río de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1991.

Duarte, Eduardo de Assis. “Maria Firmina dos Reis: na contracorrente do escravismo, o negro como referencia moral”. Pensadores negros - pensadoras negras: Brasil, séculos XIX e XX. Sidney Chalhoub y Ana Flávia Magalhães Pinto, eds. Cruz das Almas: Editora da UFRB; Belo Horizonte: Fino Traço, 2016. 41-58.

___. “Úrsula, Primeiro Romance Afro-Brasileiro”. Marcas da Diferença: As Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Rita Chaves y Tania Macêdo, eds. São Paulo: Alameda, 2006. 319-328.

Duarte, Constância Lima, et al. Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Rio de Janeiro: Malê, 2018.

Drescher, Seymour. “Brazilian Abolition in Comparative Perspective”. The Abolition of Slavery and the Aftermath of Emancipation in Brazil. Rebecca Scott, et al., eds. Durham: Duke UP, 1988. 23-54.

El-Kareh, Almir Chaiban. “Famílias adotivas, amas-de-leite e amas-secas e o comércio de leite materno e de carinho na corte do Rio de Janeiro”. Revista Gênero 4/2 (2004): 9-30.

Evaristo, Conceição. “Da representação à auto-apresentação da Mulher Negra na Literatura Brasileira”. Revista Palmares 1/1 (2005): 52-57.

Godoi, Rodrigo Camargo de. Um editor no Império: Francisco de Paula Brito (1809-1861). São Paulo: Edusp, 2016.

Gonzalez, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. São Paulo: Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2020.

___. Primavera para as rosas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa... São Paulo: Editora Filhos da África, 2018.

González, Betina. “El don rechazado: teatro de tesis, esclavitud y economía moral en Mãe, de José de Alencar”. Latin American Theatre Review 48/2 (2015): 35-53.

Graham, Sandra Lauderdale. House and Street: the Domestic World of Servants and Masters in Nineteenth-Century Rio de Janeiro. Austin: University of Texas Press, 1992.

Hahner, June E. Emancipating the Female Sex: The Struggle for Women's Rights in Brazil, 1850-1940. Durham: Duke University Press, 1990.

Kittleson, Roger A. “Women and Notions of Womanhood in Brazilian Abolitionism”. Gender and Slave Emancipation in the Atlantic World. Pamela Scully and Diana Paton, eds. Durham: Duke University Press, 2005. 99-140.

Koutsoukos, Sandra Sofia Machado. “‘Amas mercenárias’: o discurso dos doutores em medicina e os retratos de amas-Brasil, segunda metade do século XIX”. História, Ciências, Saúde-Manguinhos 16/2 (2009): 305-324.

Machado, Maria Helena PT. “Between two Beneditos: Enslaved Wet-nurses amid Slavery’s Decline in Southeast Brazil”. Slavery & Abolition 38/2 (2017): 320-336.

___. “Corpo, gênero e identidade no limiar da abolição: a história de Benedicta Maria Albina da Ilha ou Ovídia, escrava (Sudeste, 1880).” Afro-Ásia 42 (2010): 57-193.

___. “Maria Fimina Dos Reis, Século XIX, Maranhão, Brasil”. Revista de História Comparada 16/1 (2022): 118-135.

___. “Maria Firmina dos Reis: escrita íntima na construção do si mesmo”. Estudos Avançados 33 (2019): 91-108.

Machado, Maria Helena PT, y Antonio Alexandre Isidio Cardoso. “Geminiana e seus filhos: escravidão e morte; maternidade e infância em São Luís (MA) da década de 1870”. Ventres livres?: gênero, maternidade e legislação. Maria Helena PT Machado, Luciana da Cruz Brito, Iamara da Silva Viana y Flávio dos Santos Gomes, eds. São Paulo: Editora Unesp, 2021. 85-107.

Machado, Maria Helena PT, Luciana da Cruz Brito, Iamara da Silva Viana y Flávio dos Santos Gomes, eds. Ventres livres?: gênero, maternidade e legislação. São Paulo: Editora Unesp, 2021.

Magalhães Pinto, Flávia. Imprensa negra no Brasil do século XIX. Selo Negro, 2010.

Maia, Ludmila de Souza. “Páginas da escravidão: raça e gênero nas representações de cativos brasileiros na imprensa e na literatura oitocentista”. Revista de História 176 (2017): 1-33.

Martin, Charles. “Uma rara visão de liberdade.” Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. Rio de Janeiro: Presença, 1988. 9-20.

Matthews, Charlotte H. Gender, Race, and Patriotism in the Works of Nísia Floresta. Woodbridge, UK: Tamesis, 2012.

Mattos de Castro, Hebe Maria. Das cores do silêncio. Significados da liberdade no sudeste escravista. Brasil Seculo XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1998.

Morais Filho, Nascimento. Maria Firmina dos Reis, fragmentos de uma vida. São Luís: Governo do Estado do Maranhão, 1975.

Mott, Maria Lucia de Barros. Submissão e resistência: a mulher na luta contra a escravidão. São Paulo: Contexto, 1988.

Muaze, Mariana. “Maternidade silenciada: amas de leite no Brasil escravista, século XIX”. Do tráfico ao pós-abolição. Trabalho compulsório e livre e a luta por direitos sociais no Brasil. Helen Osório y Regina Xavier, eds. Oikos, 2018. 360-91.

___. “Experiências maternas no cativeiro: gênero, família e trabalho nas grandes plantations cafeeiras do Vale do Paraíba (XIX)”. Escravidão e maternidade no mundo atlântico: corpo, saúde, trabalho, família e liberdade nos séculos XVIII e XIX. Karoline Carula y Marília B. A. Ariza, eds. Niterói: Eduff, 2022. 263-95.

Muzart, Zahidé. “Uma pioneira: Maria Firmina dos Reis”. Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Constância Lima Duarte, et al., eds. Rio de Janeiro: Malê, 2018. 21-37.

Nascimento, Juliano Carrupt do. O negro e a mulher em Úrsula de Maria Firmina dos Reis. Rio de Janeiro: Caetés, 2009.

Naro, Nancy P. “Antislavery and Abolitionism: Thinkers and Doers in Imperial Brazil”. Blacks, Coloureds and National Identity in Nineteenth-Century Latin America. London: Institute of Latin American Studies 2003. 143-162.

Paiva, Kelen B. “Maria Firmina dos Reis: educação e emancipação femenina”. Maria Firmina dos Reis: faces de uma precursora. Constância Lima Duarte, et al., eds. Rio de Janeiro: Malê, 2018. 157-171.

Reis, Maria Firmina dos. Úrsula: Romance. A Escrava: Conto. Florianópolis: Editora Mulheres, 2004.

___. Ursula. Traducido por Cristina Ferreira Pinto-Bailey. Dartmouth: Tagus P, 2022.

Roncador, Sônia. “O demônio familiar: lavadeiras, amas-de-leite e criadas na narrativa de Júlia Lopes de Almeida”. Luso-Brazilian Review 44/1 (2007): 94-119.

___. “O mito da mãe-preta no imaginário literário de raça e mestiçagem cultural.” Estudos de Literatura brasileira contemporânea 31 (2008): 129-152.

Sabino, Ignez. Mulheres illustres do Brazil. Florianópolis: Editora das Mulheres, 1996.

Schwarcz, Lilia Moritz. “Black Nannies: Hidden and Open Images in the Paintings of Nicolas-Antoine Taunay”. Women's History Review 27/6 (2018): 972-989.

Scully, Pamela y Diana Paton. Gender and Slave Emancipation in the Atlantic Word. Durham: Duke University Press, 2005.

Sayers, Raymond. The Negro in Brazilian Literature. New York: Hispanic Institute in the United States, 1956.

Silva, Eduardo. As camélias do Leblon e a abolição da escravatura: uma investigação de história cultural. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

Telles, Norma. “Escritoras, escritas, escrituras”. História das mulheres no Brasil. Mary del Priore y Carla Bassanezi, eds. Montevideo: Contexto, 2006. 401-442

Viotti Da Costa, Emilia. “Slave Images and Realities”. Comparative Perspectives on Slavery in New World Plantation Societies. Vera Rubin y Arthur Tuden, eds. New York Academy of Sciences, 1977. 293-310.

West, Emily, y Erin Shearer. “Fertility Control, Shared Nurturing, and Dual Exploitation: the Lives of Enslaved Mothers in the Antebellum United States”. Women's History Review 27/6 (2018): 1006-1020.

Xavier, Giovana. “Entre personagens, tipologias e rótulos da ‘diferença’: a mulher escrava na ficção do Rio de Janeiro no século XIX”. Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação. Giovana Xavier, Juliana Barreto Farias y Flávio dos Santos Gomes, eds. Selo Negro, 2012. 67-83.

Citado por