La libertad es parda: identificación y construcción de la condición social del pardo en el siglo XVIII en São Paulo
Freedom is Parda: Identification and Construction of the Social Condition of the Pardo in 18th Century in São Paulo
Contenido principal del artículo
Resumen
Este artículo investiga cómo los esclavizados y libertos fueron identificados y cómo se autoidentificaron en procesos judiciales que evaluaban el cambio de su estatus jurídico en la capitanía de São Paulo a lo largo del siglo XVIII. Teniendo en cuenta que la colonización produjo formas de clasificación y jerarquización de las poblaciones a partir de la esclavitud y los procesos de mestizaje que legitimaron, en una sociedad entendida como naturalmente desigual, modos de exclusión, inclusión y la definición de derechos y deberes dentro del cuerpo social. Investigo el uso del término pardo en las acciones civiles por la libertad y su relación con las estrategias judiciales. Aunque pardo fue definido por los diccionaristas de los siglos XVII y XVIII como un color “entre blanco y negro”, sostengo que su designación estaba más asociada al estatus social que los individuos ocupaban o buscaban ocupar que al color de su piel. Así, al describirse dentro de una zona parda, se acercaban a la condición de libertad que reclamaban. La movilización del término pardo en causas civiles constituía, por lo tanto, una estrategia legal, y no una identidad. Este tipo de análisis aporta elementos para una lectura crítica de las clasificaciones coloniales y de cómo estas fueron manipuladas por diferentes grupos en contextos diversos.
Palabras clave
Descargas
Datos de publicación
Perfil evaluadores/as N/D
Declaraciones de autoría
Indexado en
- Sociedad académica
- Universidad de Cartagena
- Editorial
- Universidad de Cartagena
Detalles del artículo
Referencias (VER)
Arquivo Público do Estado de São Paulo, Fundo: Autos Cíveis, Ordem CO3391, auto 2986.
___. Fundo: Autos Cíveis, Ordem CO3401 auto 3127.
___. Fundo: Auto cíveis, Ordem CO 3498, auto 1108.
___. Fundo: Auto cíveis, Ordem CO3391, auto 2981.
___. Fundo: Autos Cíveis, Ordem CO3428, auto 3476.
___. Fundo: Autos Cíveis, Ordem CO3297 auto 260.
___. Fundo: Autos Cíveis, Ordem CO3363, auto 2443.
___. Fundo: Autos cíveis, Ordem CO3328 auto 1210.
___. Fundo: Autos cíveis, Ordem CO3401, auto 3109.
AESP, Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo. São Paulo, Secretaria da Educação e Saúde, volume VIII, 1948.
Azurara, Gomes Eanes de, Chronica do descobrimento e conquista de Guiné, escrita por mandado de el Rei D. Affonso V. Pariz: na Officina Typographica de Fain e Thunot, 1841, https://purl.pt/216.
Bluteau, Rafael, Vocabulario de synonimos, e phrases portuguezas, Supplemento ao Vocabulário Portuguez e Latino, II. Lisboa: na officina de Pascoal da Sylva, 1720, https://purl.pt/13969.
Caminha, Pêro Vaz de, Carta a el-rei d. Manuel sobre o achamento (1 de maio de 1500), Brasil: Ministério da Cultura, Fundação Biblioteca Nacional, http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf.
Cardoso, Jerónimo, Dictionarium ex Lusitanico in latinum sermonem, Ulissypone: ex officina Ioannis Aluari, 1562, https://purl.pt/15192.
Diccionario de Autoridades. Real Academia Española, 1726 a 1739, disponível em <https://apps2.rae.es/DA.html>
Nebrija, Elio Antonio de, Vocabulario español-latino, Reproducción digital de la edición de Salamanca, 1495?, Otra ed.,Ed. facsimilar de Madrid, Real Academia Española, 1951, https://www.cervantesvirtual.com/nd/ark:/59851/bmcvm466
Silva, Antônio Delgado da. Collecção da Legislação Portugueza: de 1750 a 1762, vol 1. Lisboa: Tipografia Maigrense, 1830.
Solórzano Pereira, Juan de, Politica indiana: sacada en lengua castellana de los dos tomos del Derecho i govierno municipal de las Indias Occidentales que ..., Madrid: por Diego Diaz de la Carrera, 1648, https://www.cervantesvirtual.com/obra/politica-indiana---sacada-en-lengua-castellana-de-los-dos-tomos-del-derecho-i-gouierno-municipal-de-las-indias-occidentales-que--escribio-en-la-latina--don-iuan-de-solorzano-pereira-/
Abud, Kátia Maria. O sangue itimorato e as nobilíssimas tradições (a construção de um símbolo paulista: o bandeirante). Dissertação. Universidade de São Paulo, 1978.
Aladrén, Gabriel. “Pretos e pardos no sul da América portuguesa: categorias de cor e hierarquias sociais no Rio Grande de São Pedro nas últimas décadas do período colonial”. Hierarquias, raça e mobilidade social. Portugal, Brasil e o Império colonial português (século XVI- XVIII). Célia Cristina da Silva Tavares, Rogério de Oliveira Ribas, orgs. Rio de Janeiro: contra capa/Companhia das Índias, 2010. 125- 139.
Chambouleyron, Rafael. “Indian Freedom and Indian Slavery in the Portuguese Amazon”. Building the Atlantic Empires: Unfree Labor and Imperial States in the Political Economy of Capitalism, ca. 1500–1914. John Donoghue e Evelyn P. Jennings, orgs. Leiden: Brill, 2016. 54-71 DOI: https://doi.org/10.1163/9789004285200_004
Cardim, Pedro. “La forma y los casos en que se debe cautivar a los indios en nuestras conquistas”. Dominación colonial, cultura jurisdicional y resistencia en la América Portuguesa, 1550- 1655”. Intercambios Culturales y “Castellanización” en Brasil durante la Unión de Coronas, 1580-1640. Pérez, José Manuel Santos, org. Salamanca: Ediciones de la Universidad de Salamanca, 2024. 21- 80.
Dias, Camila Loureiro. “Indigenous Labor in Native and Brazilian Colonial History: A Historiographic Assessment”. History of Anthropology Newsletter 42 (2018). Consultado em 19 de novembro de 2024, http://histanthro.org/notes/indigenous-labor/.
___. “Os índios, a Amazônia e os conceitos de escravidão e liberdade”. Estudos Avançados 33/97 (2019): 235-252, set./dez.
Dutra, Francis A. “Ser mulato em Portugal nos primórdios da época moderna”, Tempo 16/30 (2011). Consultado em 20 de outubro de 2024, https://doi.org/10.1590/S1413-77042011000100005 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-77042011000100005
Faria, Sheila de Castro. “Sinhás pretas, damas mercadoras. As pretas minas nas cidades do Rio de Janeiro e de São João Del Rey (1750-1850)”. Tese Universidade Federal Fluminense, 2004.
Farias, Juliana Barreto. “ ‘Diz a preta mina...’: cores e categorias sociais nos processos de divórcio abertos por africanas ocidentais, Rio de Janeiro, século XIX”. Estudos Ibero-Americanos 44/3 (2018): 470-483. DOI: https://doi.org/10.15448/1980-864X.2018.3.32764
Figueiroa-rego, João de & Olival, Fernanda. “Cor da pele, distinções e cargos: Portugal – espaços atlânticos portugueses (séculos XVI a XVIII)”. Tempo 30 (2001). Consultado em 05 de Agosto de 2024, http://hdl.handle.net/10174/3094>
Forbes, Jack D. Black Africans & Native Americans, Color, Race and Caste in the Evolution of Red-Black Peoples. Urbana: University of Illinois Press, 1993.
Garcia, Elisa Frühauf. “Las categorías de la conquista: las mujeres nativas en el vocabulario del siglo XVI (São Vicente, Brasil)”. Nuevo Mundo Mundos Nuevos. 2019. Consultado em 10 de agosto de 2024, https://doi.org/10.4000/nuevomundo.75613. DOI: https://doi.org/10.4000/nuevomundo.75613
Goldschmidt, Eliana Rea. Casamentos Mistos. Liberdade e Escravidão em São Paulo colonial. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2004.
Guedes, Roberto e João Fragoso, orgs. História social em registros paroquiais (Sul-Sudeste do Brasil, séculos XVIII-XIX). Rio de Janeiro: Mauad, 2016.
Guedes, Roberto. “Senhoras pretas forras, seus escravos negros, seus forros mulatos e parentes sem qualidade de cor: uma história de racismo ou de escravidão? (Rio de Janeiro no limiar do século XVIII)”. Doze capítulos sobre escravizar gente e governar escravos: (Brasil e Angola – século XVII – XIX), Denise Vieira Demetrio, Ítalo Santirocchi e Roberto Guedes, orgs. Rio de Janeiro: Mauad X, 2018. 17 – 50.
Julio, Suelen Siqueira. “Gentias da terra: Gênero e etnia no Rio de Janeiro colonial”. Tese Universidade Federal Fluminense, 2022.
Lara, Silvia H, Fragmentos Setecentistas: escravidão, cultura e poder na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Lara, Silvia Hunold. “Pretos, pardos e mulatos: cor e condição social no Brasil da segunda metade do século XVIII”. Marcadores da diferença: raça e racismo na história do Brasil. Gabriela dos Reis Sampaio, Ivana Stolze Lima, Marcelo Balaban, orgs. Salvador: EDUFBA, 2019. 17- 40. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523218058.0002
Mattos, Hebe. “ ‘Pretos’and ‘Pardos’between the Cross and the Sword: Racial Categories in Seventeenth Century Brazil”. Revista Europea de Estudios Latinoamericanos y Del Caribe / European Review of Latin American and Caribbean Studies 80 (2006): 43–55. Consultado em 10 de março de 2024, http://www.jstor.org/stable/25676211 DOI: https://doi.org/10.18352/erlacs.9654
Mattos, Hebe. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista, Brasil século XIX. 3° ed. São Paulo/Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
Monteiro, John Manuel. Negros da Terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
Nazari, Muriel. “Vanishing Indians: The Social Construction of Race in Colonial São Paulo” The Americas 57/4 (2001): 497-524. DOI: https://doi.org/10.1353/tam.2001.0040
Oliveira, Felipe Garcia de. “Da Liberdade ao Cativeiro: A Reescescravização nos Autos Cíveis da Cidade de São Paulo (Século XVIII)”. Histórias de São Paulo: Construções e Desconstruções: Colonial Período, Fernanda Sposito, et al. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2023. 175–190.
___. “Pardo”. Lexicon of Resistance in the Iberian Empires, 1500-1850. Ângela Barreto Xavier, Graça Almeida Borges, Mafalda Soares da Cunha and Miguel Dantas da Cruz, eds. Évora: Universidade de Évora, 2023. Consultado em 10 de julho de 2024, https://doi.org/10.60469/73dm-z683.
Paiva, Eduardo França. Dar nome ao novo: uma história lexical da Ibero-América entre os séculos XVI e XVIII. Belo Horizontes: Autêntica Editora, 2015.
Perrone-Moisés, Beatriz. “Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista do período colonial (século XVI a XVIII)”. História dos índios no Brasil. Manuela Carneiro da Cunha, org. São Paulo: FAPESP/SMC, Companhia das Letras, 1992. 115-132.
Petrone, Pasquale. Aldeamentos Paulista. São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 1995.
Pinheiro, Fernanda. “Libertos ingratos: práticas de redução ao cativeiro na América Portuguesa”. O governo dos outros. Poder e diferença no império português. Ângela Barreto Xavier, Cristina Nogueira da Silva, Orgs. Lisboa: ICS, 2016. 365- 386.
Prado, Luma Ribeiro. Cativas Litigantes. Demandas indígenas por liberdade na Amazônia portuguesa (1706- 1758). São Paulo: Elefante, 2024.
Precioso, Daniel. Legítimos vassalos: pardos livres e forros na Vila Rica colonial (1750-1803). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.
Resende, Maria Leônia Chaves de. “Gentios Brasilicos: Índios coloniais em Minas Gerais setecentista”. Tese Universidade Estadual de Campinas, 2003.
Reséndez, Andrés. The other slavery: The Uncovered Story of Indian Enslavement in America. Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 2016.
Sampaio, Patrícia Melo. Espelhos partidos: Etnia, legislação e desigualdade na colônia. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2012.
Sarmiento, Jacqueline. “Indias urbanas en Buenos Aires (1744-1820): Condiciones específicas, formas de sujeción y estrategias posibles. 2015”. Tesis Universidad Nacional de La Plata, 2015.
Schwartz, Stuart. “Brazilian Ethnogenesis: Mestiços, Mamelucos, and Pardos”. Le Nouveaux Mondes: mondes nouveaux I’expérience americaine. Serge Gruzinski, Nathan Wachtel, eds. Paris: Editions Recherches sur les Civilisations; École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1996. 7-27.
Silva, Maria Beatriz Nizza da. “A carta-relatório de Pero Vaz de Caminha”. Ide 33/50 (2010): 26-35. Consultado em 19 nov. 2024, http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062010000100005&lng=pt&nrm=isoSouza, Fernando Prestes de. “Pardos livres em um campo de tensões: milícia, trabalho e poder (são Paulo 1797- 1831)”. Tese Universidade de São Paulo, 2018.
Souza, Priscila de Lima. “'Sem que lhes obste a diferença de cor': a habilitação dos pardos livres na América portuguesa e no Caribe espanhol (c. 1750-1808)”. Tese Universidade de São Paulo, 2017. doi:10.11606/T.8.2018.tde-09022018-125020. DOI: https://doi.org/10.11606/T.8.2018.tde-09022018-125020
Valerio, Miguel. “The Pardos’ Triumph: The Use of Festival Material Culture for Socioracial Promotion in Eighteenth-Century Pernambuco”. Journal of Festive Studies 3/1 (2021): 47-71. Consultado em 05 de outubro de 2024, https://doi.org/10.33823/jfs.2021.3.1.79 DOI: https://doi.org/10.33823/jfs.2021.3.1.79
Vallejo, Jesús y Laura Beck Varela. “La Cultura del derecho común (siglos XI- XVIII)”. Manual de Historia del derecho. Marta Lorente, Jesús Vallejo, coords. Valencia: Editorial Tirant lo Blanch, 2012. 59- 100.
Van Deusen, Nancy. Global Indios: The Indigenous Struggle for Justice in Sixteenth Century. Durham & London: Duke University Press, 2015. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv120qv0t
Viana, Larissa. O idioma da mestiçagem, As irmandades de pardos na América Portuguesa. Campinas/SP: editora da Unicamp, 2007.
Vinson III, Ben. Before Mestizaje, The Frontiers of Race and Caste in Colonial Mexico. New York: Cambridge University Press, 2017. DOI: https://doi.org/10.1017/9781139207744
Xavier, Ângela B. & António Manuel Hespanha. “A representação da sociedade e do poder”. História de Portugal. vol. 4. António Manuel Hespanha, coord. Lisboa: Editorial Estampa, 1993. 113- 140.